Na Terra, as chamas são uma espécie de línguas bruxuleantes, mas no espaço isso muda. Sem gravidade, o ar quente não tem a flutuabilidade necessária para os movimentos habituais.

Na microgravidade, podem inchar, transformando-se em cúpulas e esferas etéreas que podem queimar a uns modestos 480ºC (um fogão doméstico atinge 1.700° C). As chamas (na imagem) foram acesas a bordo da Estação Espacial Internacional, como parte do ACME (abreviatura de Advanced Combustion via Microgravity Experiments).

“Alguns escritores de ficção científica contactaram-me por causa destas chamas”, diz Peter Sunderland, da Universidade de Maryland. “São de outro mundo.” Ao longo de quatro anos, o ACME produziu mais de 1.500 chamas, em testes destinados a melhorar a segurança contra incêndios em naves espaciais e modelos computacionais de combustão de combustíveis fósseis, uma fonte gigantesca de emissões de carbono e poluição do ar.